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As Características do Bonde

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Bondes no Brasil - Petrópolis - RJ
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Um dos mais modernos bondes da linha Renânia, descendo a rua Gonçalves Dias (foto do arquivo de José Kopke Fróes) - Petrópolis - 1928 - HTUB - WCS - pág. 244 (veja ampliado). Os bondes petropolitanos tinham uma estética peculiar, um tanto bojudos, em corpo de linhas oblíquas. O tipo de alavanca de contacto era a "lança".

Explanação baseada em dados colhidos da obra de Waldemar Corrêa Stiel

Um dos mais belos e bem traçados "tramways" brasileiros, parte integrante harmônica do contexto visual e dinâmico da cidade, o sistema de bondes de Petrópolis foi, mesmo assim, um dos que menos durou - apenas 27 anos. Antes de ter transportes urbanos, Petrópolis, que o Imperador Dom Pedro II freqüentava desde jovem, contava com o trem a cremalheira, que vinha do Rio de Janeiro, além de um serviço de diligências ligando a cidade a Entre-Rios. As primeiras cogitações para implantar o ferro-carril em Petrópolis datam de 1878, mas o governo da Província não aprovou os termos do requerente, Sr. Alfredo Gomes Neto. Não teve melhor rumo a proposta apresentada em 1880 por B. Caymari e Galdino J. de Bessa, devido ao não cumprimento de prazos. Um último intento que não vingou foi o projeto do Sr. André Tramu (26 de Março de 1896), que propôs a implantação de "bondes-automóveis a vapor e a gás de petróleo, trafegando sobre trilhos de ferro" (HTUB – Stiel – pág. 241; item 3). Com a criação - em fins da primeira década do século XX - da Cia. Brasileira de Energia Elétrica, a mesma propôs a instalação do bonde elétrico (como já foi dito, Petrópolis não teve bondes a tração animal). Firmou-se contrato, iniciaram-se as obras, e deu-se a inauguração(*) em 13 de Dezembro de 1912. Segundo um relato apresentado por Stiel (HTUB – pág. 241; item 4), o serviço começou com "bondes fechados, ‘veículos elegantes e cômodos, são os únicos em nosso país, pelo seu feitio sui generis’, diz um mapa de 1925." A primeira linha foi a do bairro Cascatinha, surgindo em seguida a do Alto da Serra e a Circular. Os bondes petropolitanos rodavam na ilustre bitola métrica (1,0m entre os trilhos), compondo-se a malha, até 1930, de quatro linhas: "Alto da Serra, Cascatinha, Rhenânia e Circular" (HTUB – Stiel – pág. 241; item 4). Em 1917 os carros começaram a ser reformados, visando melhores condições (vidraças para abrigo às intempéries) aos motorneiros. O serviço intensificou-se no decorrer dos anos seguintes, com aumento de freqüência e extensão dos horários. Em 1918, acrescentou-se ao material rodante um bonde "irrigadeira" (carro-pipa), para irrigação das ruas. Em fins de 1930 surgiu uma nova linha Circular. Os concorrentes rodoviários, no entanto, já estavam na cidade, e a Cia. Brasileira de Energia Elétrica tudo fazia para ampliar e manter o belo "tramway" petropolitano. Seria ótimo para hoje, tanto no sentido utilitário quanto no turístico, se a Companhia houvesse obtido êxito em seus esforços, e o bonde de Petrópolis não tivesse parado de rodar, como infelizmente aconteceu, em 15 de Julho de 1939.

(*) Site de Emídio Gardé.

Aos lados, com nossos agradecimentos à direção do Museu Imperial (Petrópolis) e à equipe de seu Arquivo Histórico, mais dois exemplos fotográficos de bondes petropolitanos.

À esquerda: Bonde petropolitano passando em curva, próximo à Praça Dom Pedro II ("Aspectos Urbanos").

À direita: O último bonde de Petrópolis, aparecendo, à porta dianteira, o Sr. Luiz Afonso d’Escragnolle, um dos antigos diretores do Museu ("Ilustrada" - 532 - Pág. 31 - 25/07/1939.)

Clique nas imagens acima para vê-las ampliadas.

 
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