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Em termos gerais, podemos classificar os bondes como carros abertos
ou fechados, grandes, médios ou pequenos, de quatro ou
oito rodas, como bondes de passageiros (a principal e mais comum função do
bonde), de serviço (carros de socorro e manutenção), de carga, e mais
outros gêneros como o carro irrigadeira , o assistência pública (ambulância),
os luxuosos e cerimoniais, etc. Classificando pelo primeiro enfoque, as duas
fotografias acima mostram-nos, à esquerda, um carro aberto com reboque, em Niterói - RJ (fotografia do livro "História do Transporte Urbano no Brasil", autoria de Waldemar Corrêa Stiel, página 210),
no qual se vê, do lado esquerdo dos carros, a tela de proteção, adotada após certo
tempo para o tráfego em cidades e regiões movimentadas, como medida de segurança, de
modo a evitar acidentes com passageiros e impedir o perigoso embarque pelo lado da contra
mão; e, à direita, um fechado, em São Paulo - SP (mesmo
livro, página 456), este do tipo conhecido como "camarão" (eram carros
pintados em vermelho vivo), com as laterais e portas em madeira, o porte e o formato do
teto a dar-lhe um aspecto de auto-motriz de ferrovia comum (o bonde é, com efeito, uma
auto-motriz de rua). Os bondes em geral, mesmo fechados, são veículos arejados, com
janelas amplas e sem o calor adicional produzido pelo motor diesel do ônibus. |
O interior de um bonde fechado é, em termos de disposição das
acomodações, análogo ao de um ônibus, e, naturalmente, ao de um "vagão"
(carro) de passageiros de trem, isto é, com duas fileiras de bancos - como se vê na
fotografia à direita (do mesmo livro, página 360), que nos mostra, por dentro, um dos
últimos bondes que circularam no Rio de Janeiro (salvo os
de Santa Teresa, que funcionam atualmente), antes abertos, adaptados para o tipo fechado
e há também aqueles com dois bancos longitudinais corridos, à maneira usual nos
trens e metrôs urbanos. |
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Os carros abertos têm fileiras de bancos transversais, extensos a ambas
as extremidades do veículo, sem corredor no meio, como podemos reparar nesta outra
fotografia à direita (Rio de Janeiro, página
335 do mesmo livro), onde vemos um detalhe nítido dos balaústres, que servem de
apoio para o embarque, para o equilíbrio dos pingentes que viajam em pé, no
estribo - e do condutor (cobrador de passagens), que faz o seu serviço passeando
pelo estribo, cobrando, de banco em banco, aos passageiros sentados, bem como aos
pingentes, com os quais divide, às vezes penosamente, o estribo. |
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Os carros
abertos constituíam a maioria dos bondes mais antigos, e, embora as cidades fossem
adotando o tipo fechado, que acabou predominando principalmente nos bondes
modernos, hoje muito comuns em diversas cidades européias houve casos em que os
abertos mantiveram seu lugar, como no Rio de Janeiro, onde eles foram praticamente sempre
abertos. |
O segundo
enfoque mencionado refere-se ao porte ou tamanho dos veículos e, por extensão, ao
número de rodas dos mesmos. Carros de oito rodas podem ser classificados no rol
dos grandes e médios, e o dos pequenos pode enquadrar os de quatro
rodas. A página que aborda este aspecto está em elaboração, bem como as seguintes,
referentes aos tipos dos carros quanto à utilidade e aos tipos de tração. |
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